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DMRI seca ou úmida: qual a diferença?

Diferença entre degeneração macular seca e úmida: sintomas, riscos e tratamentos.

DMRI seca ou exsudativa: entenda a diferença

Diferença entre Degeneração Macular Seca e Úmida: Tudo o que Você Precisa Saber

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das doenças oculares mais comuns em pessoas acima dos 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais pacientes convivem com essa condição que afeta diretamente a visão central — aquela responsável por ler, reconhecer rostos e enxergar detalhes.Mas afinal, qual é a diferença entre a forma seca e a forma úmida da doença? Neste artigo, vou explicar de forma clara, humanizada e aprofundada para que você entenda os sintomas, os fatores de risco e os tratamentos disponíveis.


O que é a degeneração macular?

A mácula é a parte central da retina, localizada no fundo do olho, responsável pela visão de alta definição. Quando essa região sofre alterações degenerativas, a qualidade da visão central diminui progressivamente. O paciente pode notar embaçamento da visão, distorções nas linhas retas (metamorfopsia) e até manchas escuras no centro do campo visual.

A DMRI não causa cegueira total, porque a visão periférica costuma permanecer preservada, mas pode comprometer de maneira significativa a qualidade de vida.


Fatores de risco

Alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver a degeneração macular:

  • Idade: a partir dos 70 anos, a prevalência cresce muito.

  • História familiar: parentes de primeiro grau com a doença aumentam o risco.

  • Cor da pele e olhos claros: mais suscetíveis por características genéticas.

  • Tabagismo: um dos fatores mais importantes e, felizmente, modificável.

  • Exposição excessiva ao sol: os raios ultravioleta também podem danificar a retina.

Parar de fumar e proteger os olhos com óculos de sol adequados já são medidas importantes para reduzir riscos.


Degeneração Macular Seca

Como ela acontece?

A forma seca corresponde a aproximadamente 85 a 90% dos casos. Ocorre devido à morte lenta e progressiva das células da retina, com acúmulo de depósitos chamados drusas. Essa evolução é gradual, e muitos pacientes mantêm visão útil por anos.

Sintomas

  • Dificuldade para ler em ambientes pouco iluminados

  • Necessidade de mais luz para atividades simples

  • Visão embaçada de forma progressiva

  • Manchas escuras no centro da visão em estágios avançados

Tratamentos atuais

Embora não exista cura definitiva, algumas medidas ajudam a retardar a progressão:

  • Vitaminas específicas (fórmulas AREDS2, conforme orientação médica)

  • Proteção solar ocular com óculos adequados

  • Fotobiomodulação (Valeda): tratamento mais recente, realizado com um equipamento que emite luzes em comprimentos de onda específicos. Estudos demonstram que pode preservar e até melhorar a visão em alguns pacientes.

    Clique aqui para saber mais sobre o tratamendo da DMRI seca.


Degeneração Macular Úmida (ou Exsudativa)

Como ela acontece?

A forma úmida, também chamada de exsudativa, corresponde a cerca de 10 a 15% dos casos, mas é a mais agressiva. Ela surge a partir da forma seca, quando novos vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina (neovascularização). Esses vasos são frágeis, vazam líquido e podem sangrar, causando edema e hemorragia macular.

Sintomas

  • Piora súbita da visão, às vezes de um dia para o outro

  • Distorsão das imagens (linhas retas ficam onduladas)

  • Mancha escura central que cresce rapidamente

  • Dificuldade em reconhecer rostos

Tratamento

O tratamento de escolha é a injeção intravítrea de antiangiogênicos, medicamentos aplicados dentro do olho com uma microagulha. Eles bloqueiam o crescimento anormal dos vasos sanguíneos e reduzem o acúmulo de líquido.

Entre as medicações disponíveis estão:

  • Vabysmo

  • Eylea e Eylea HD

  • Lucentis

Com esse tratamento, muitos pacientes conseguem estabilizar a visão e, em alguns casos, recuperar parte da nitidez. Quanto mais precoce for o início, maiores as chances de bons resultados.


Diferenças principais entre a forma seca e úmida

Característica

Forma Seca

Forma Úmida

Frequência

85–90% dos casos

10–15% dos casos

Evolução

Lenta, ao longo dos anos

Rápida, podendo piorar em dias

Causa

Degeneração celular progressiva

Crescimento anormal de vasos sanguíneos

Sintomas

Visão embaçada progressiva

Piora súbita, distorções e hemorragias

Tratamento

Vitaminas, óculos escuros, fotobiomodulação

Injeções intravítreas de antiangiogênicos


Como preservar a visão?

Independentemente da forma da doença, alguns cuidados são fundamentais:

  • Exames periódicos com o oftalmologista (OCT e retinografia)

  • Controle dos fatores de risco, especialmente parar de fumar

  • Uso de óculos escuros com proteção UVA/UVB

  • Alimentação equilibrada, rica em antioxidantes (frutas, verduras, peixes)

  • Atenção aos sintomas: ao notar manchas ou distorções súbitas, procurar o oftalmologista imediatamente.


Conclusão

A degeneração macular é uma doença cada vez mais frequente em idosos, capaz de comprometer de forma significativa a visão central.

  • A forma seca é a mais comum e evolui lentamente, mas exige acompanhamento e cuidados preventivos.

  • A forma úmida é menos frequente, mas muito mais agressiva, exigindo tratamento imediato com injeções intraoculares para preservar a visão.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, melhores são os resultados.

Se você tem histórico familiar, fuma ou já apresenta algum sintoma, procure um oftalmologista de confiança. A prevenção e o acompanhamento regular são os maiores aliados para manter a saúde da sua visão.


Autor:

Dr. Mário César Bulla

Cremers 28120

Médico Oftalmologista - Retinólogo

RQE 18.706

Oftalmologista Clínica Bulla
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Clínica oftalmológica especializada no atendimento das doenças da retina: DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), edema macular, oclusão venosa, membrana epirretiniana, buraco macular, descolamento de retina, distrofias retinianas, retinose pigmentar, doença de Stargardt. Bem como realização de laser, injeções intravítreas de anti-angiogênico. Exames complementares: OCT, biometria com Iolmaster (ecobiometria), ecografia ocular, campo visual, PAM, microscopia especular, topografia corneana. Cirurgia para catarata: facoemusificação. Retinólogo.

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