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Valeda: Tratamento da DMRI seca com fotobiomodulação

Tratamento inovador com fotobiomodulação (Valeda) oferece novas perspectivas para pacientes com degeneração macular seca.

Valeda: fotobiomodulação para tratar a DMRI seca

Valeda: Tratamento da Degeneração Macular Seca com Fotobiomodulação

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das principais causas de perda visual irreversível em pessoas acima dos 50 anos. Tradicionalmente, quando se falava em tratamento da DMRI, a atenção recaía quase exclusivamente sobre a forma úmida ou exsudativa, que pode ser controlada com injeções intravítreas de medicamentos antiangiogênicos. No entanto, a boa notícia é que a forma seca da doença, que representa 85% a 90% dos casos, também já conta com tratamento aprovado e disponível no Brasil: a fotobiomodulação com o aparelho Valeda.


O que é a degeneração macular seca?

A mácula é a região central da retina responsável pela visão de detalhes, leitura e reconhecimento de rostos. Na DMRI seca, há um desgaste progressivo das células da retina, principalmente do epitélio pigmentar da retina e dos fotorreceptores. Esse processo leva à formação de drusas (depósitos amarelados) e, em fases mais avançadas, pode causar atrofia geográfica, comprometendo severamente a visão central.

Embora a progressão seja geralmente mais lenta do que na forma úmida, muitos pacientes perdem a qualidade de vida por não conseguirem ler, dirigir ou realizar atividades cotidianas. Até pouco tempo atrás, não havia opções de tratamento eficazes para essa condição, apenas acompanhamento e orientações preventivas.


A chegada da fotobiomodulação ao Brasil

A fotobiomodulação é uma tecnologia inovadora que utiliza feixes de luz em comprimentos de onda específicos para estimular processos celulares e promover reparação tecidual. O aparelho Valeda Light Delivery System, aprovado no Brasil, aplica esse método de forma não invasiva, segura e indolor.

O protocolo consiste em ciclos de exposição à luz amarela e vermelha, com o paciente posicionado confortavelmente no equipamento. Cada sessão dura poucos minutos e não exige dilatação pupilar ou período de recuperação. O tratamento inicial é realizado em nove sessões distribuídas ao longo de cerca de três semanas, podendo ser repetido após quatro a seis meses, conforme orientação médica.


Evidências científicas: o estudo LIGHTSITE III

Um dos marcos para a validação da fotobiomodulação foi o estudo LIGHTSITE III, realizado com pacientes portadores de degeneração macular seca. Os resultados mostraram que, em média, os participantes tratados apresentaram não apenas estabilização da visão, mas também melhora da acuidade visual funcional.

Isso significa que muitos pacientes conseguiram recuperar parte da visão perdida, algo inédito até então para a forma seca da DMRI. É importante destacar que, como em qualquer tratamento médico, a resposta varia de pessoa para pessoa, mas a possibilidade de oferecer benefícios reais já representa um grande avanço.


Como funciona o tratamento na prática

Durante cada sessão, o paciente encosta o queixo e a testa no equipamento, semelhante ao exame de fundo de olho. O protocolo segue quatro etapas de luz:

  1. 35 segundos com olho aberto – luz amarela.

  2. 90 segundos com olho fechado – luz vermelha.

  3. 35 segundos com olho fechado – luz amarela.

  4. 90 segundos com olho fechado – luz vermelha.

O procedimento é repetido em cada olho que necessite tratamento. Ao final da sessão, o paciente está liberado imediatamente, sem restrições para retomar suas atividades.


Segurança e conforto do paciente

Diferentemente de uma cirurgia, a fotobiomodulação não envolve incisões, injeções ou risco de infecção. O tratamento é totalmente indolor, não requer uso de colírios para dilatação e não demanda repouso após a sessão. Essa segurança torna o método especialmente interessante para pacientes idosos, que muitas vezes apresentam outras comorbidades.


Quem pode se beneficiar do tratamento?

A maioria dos casos de degeneração macular seca ocorre em pacientes com mais de 70 anos, mas também existem quadros agressivos que começam a se manifestar por volta dos 50. O tratamento com fotobiomodulação pode ser indicado para pacientes em diferentes estágios da forma seca, sempre após avaliação individualizada com o oftalmologista especialista em retina.

Vale lembrar que quanto mais precoce for a intervenção, maiores as chances de estabilizar a doença e preservar a visão por mais tempo.


Expectativas realistas

Embora o estudo LIGHTSITE III tenha demonstrado melhora funcional em muitos pacientes, é fundamental alinhar expectativas. O tratamento não cura a degeneração macular seca, mas pode estabilizar a progressão e até proporcionar ganho visual em alguns casos. Isso já representa uma enorme conquista frente ao cenário anterior, no qual não havia nenhuma opção terapêutica.


Conclusão: um novo capítulo no combate à DMRI seca

A chegada da fotobiomodulação com Valeda ao Brasil representa um divisor de águas para pacientes que antes estavam desassistidos. Agora, é possível oferecer um tratamento seguro, indolor e baseado em evidências científicas, que pode melhorar a qualidade de vida e preservar a visão por mais tempo.

Se você ou alguém próximo foi diagnosticado com degeneração macular seca, converse com um especialista em retina para avaliar a indicação desse tratamento. Cada caso é único, e apenas uma consulta médica pode determinar se a fotobiomodulação é a melhor opção para o seu perfil.


Autor:

Dr. Mário César Bulla Cremers 28120

Médico Oftalmologista - Retinólogo

RQE

18.706

Oftalmologista Clínica Bulla
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Clínica oftalmológica especializada no atendimento das doenças da retina: DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), edema macular, oclusão venosa, membrana epirretiniana, buraco macular, descolamento de retina, distrofias retinianas, retinose pigmentar, doença de Stargardt. Bem como realização de laser, injeções intravítreas de anti-angiogênico. Exames complementares: OCT, biometria com Iolmaster (ecobiometria), ecografia ocular, campo visual, PAM, microscopia especular, topografia corneana. Cirurgia para catarata: facoemusificação. Retinólogo.

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